One day after the other...

quinta-feira, março 30, 2006

F... de Feijão



Já passou uma década ou se calhar até mais, mas já não me lembrava desta personagem, que o meu primo “ressucitou” dos tempos, onde por exemplo ainda não havia telemóveis!, acho que pode ser classicado como A.T. (antes dos telemóveis), e pronto lá andávamos nós na bela apanha do feijão, rodeados de milho, qual trabalho forçado ou de escravatura. Viver no campo tem destas coisas, enquanto não era tirar estrume das galinhas, ou pior... dos porcos já era uma sorte, mas como a apanha do feijão era uma coisa que fazíamos porque nos diziam que tinha mesmo que ser, a gente na maior parte das vezes arranjava melhores maneiras de passar o tempo, e normalmente arquitectávamos maneiras de: "Como fazer aquele trabalho de uma maneira super-rápida", como por exemplo arranjar uma pessoa para cada rebento de feijão, e assim que se dé-se sinal, (tipo tocar o sino da igreja), toda a gente arrancava os feijões pertencentes a esse rebento, que eram depois depositados no recipiente dentro de minha casa, de forma ordeira por todas aquelas pessoas, e depois estas pessoas podiam ir à sua vidinha, e o trabalho estava acabado em menos de 30 segundos, e outras teorias com mais ou menos credibilidade, mas que ao menos ajudavam a passar o tempo.
O “Capitão Feijão” nasceu dessa “necessidade” de não cair nas malhas do tédio, bastava colocar uma folha de feijoeiro ao peito, fazer uma cara de estúpido, e dizer com voz grossa e punhos no ar: “Capitão Feijão!” para o pessoal dar umas gargalhadas, agora lembro-me que de uma vez depois dessa bela frase: “Capitão Feijão!” até ouve flatulência e tudo :), tem tudo a ver não é, os feijões fazem destas coisas, o “Capitão Feijão” devia ter montes de problemas com isto, mas ao menos sempre devia dar um certo impulso vertical quando levantava voo rumo ao desconhecido...